segunda-feira, 2 de julho de 2012

Avança negociação de Acordo Coletivo para setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos

Na última semana houve mais um encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região e o sindicato patronal visando ao Acordo Coletivo da categoria. Conforme o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, o segundo encontro entre as partes foi marcado por alguns avanços. Mas a negociação ainda está em andamento. O sindicato empresarial ofereceu reajuste de 7% mais a manutenção das demais cláusulas da convenção coletiva. Também ofereceu R$ 706,20 como piso da categoria - resultado da aplicação do índice.
“Ainda está muito aquém da necessidade da categoria, inclusive do que está sendo negociado no estado no setor da alimentação”, ressalta Cabral. Desta vez não ficou definida a data de um novo encontro. O STIA pede 12% de reajuste salarial. “Os trabalhadores já modificaram sua proposta inicial, demonstrando boa vontade para negociar, inclusive reduzindo os índices. O salário do trabalhador é reajustado uma vez por ano e eles não contam com outros mecanismos que os socorram, como parcelamento ou anistia de suas dívidas, como acontece com as empresas”, avalia o presidente do STIA.

Marfrig melhora proposta mas STIA e empresa não chegam a acordo

No dia 29 de junho o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região (STIA) e representantes do Marfrig Group reuniram-se pela terceira vez em Porto Alegre para debater as cláusulas do Acordo Coletivo 2012/2013. Como a negociação é conjunta, também estiveram presentes representantes sindicais de Pelotas e São Gabriel.
O Marfrig ofereceu 8% de reajuste salarial e mais 10% de reajuste no piso da categoria. Além da questão salarial a negociação envolve ainda mais nove pleitos. Em alguns casos já houve acordo. Segundo o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, um exemplo é o fornecimento de cópia dos exames periódicos realizados pela empresa aos trabalhadores. “Em relação aos trabalhadores do Marfrig em Bagé a empresa está cumprindo o que prometeu ano passado, quando ficou de zerar o valor do transporte dos funcionários, que antes tinham um desconto de 2%”, informa Cabral. No Marfrig/Pampeano os trabalhadores tem o transporte “zerado” já há algum tempo.
Outro avanço, segundo o presidente, é em relação à sacola de alimentos oferecida aos trabalhadores do Marfrig/Bagé, com a empresa oferecendo um reajuste de 10%. No Marfrig/Pampeano a sacola de alimentos é diferenciada porque já faz parte do salário dos trabalhadores. “Consideramos um avanço mas ainda muito tímido tendo em vista que os trabalhadores tem certeza que o Marfrig tem condições de avançar na proposta de reajuste salarial”, reforça Cabral. Não há previsão de um novo encontro entre sindicalistas e Marfrig Group para uma nova rodada de negociações. Os sindicalistas seguem defendendo uma reposição de 14,75%, o mesmo índice concedido ao reajuste do Piso Mínimo Regional este ano