segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Esclarecimento do Sindicato sobre a pesquisa do refeitório do Marfrig Bagé




       A direção do Sindicato tem recebido reclamações dos trabalhadores sobre a qualidade e a diversificação da alimentação oferecida aos empregados do Marfrig/Bagé. Comida crua, fria e com pouco tempero, bem como a higiene da cozinha são algumas das queixas. Cada vez que recebemos essas denúncias, procuramos a direção da empresa para buscar encaminhar uma solução que atenda ao interesse dos trabalhadores. A última reunião entre Sindicato e direção do Marfrig aconteceu em agosto.
      Na oportunidade, os diretores da empresa se comprometeram em resolver esse problema. No dia 25 de agosto, o frigorífico aplicou uma pesquisa e repassou ao Sindicato o relatório da mesma, o que deixou a direção da entidade surpresa pelo resultado. A maioria dos trabalhadores ouvidos (87,72%) assinalou que estavam satisfeitos (ou, em alguns casos, até muito satisfeitos) com a alimentação e o serviço oferecido pela empresa.
      Pedimos aos trabalhadores que sejam mais realistas. Afinal, as críticas que chegam aos representantes sindicais (e não foram poucas) vão na contramão dos dados da pesquisa. Afinal, se a alimentação não é (ou está) boa, é preciso manifestar isso nas oportunidades que aparecem.

Proposta absurda no Senado pode prejudicar trabalhadores



     

       Tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal o Projeto de Decreto Legislativo 43/2015, de autoria do senador Douglas Cintra (PTB-PE) que suspende a Norma Regulamentadora (12). A legislação em vigor trata sobre a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. O problema é que se essa alteração for aprovada, diversos itens da NR 36 – que regulamenta as regras de saúde e segurança dos trabalhadores em frigoríficos – serão extintos.
      Há um risco enorme de, caso o projeto seja aprovado, aumentarem os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais – uma luta de muitos anos do setor da alimentação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Industrias de Alimentação e Afins (CNTA) encaminhou correspondência aos sindicatos, informando sobre o problema que pode ser criado se a proposta for aprovada pelos demais parlamentares.
      Solicitamos aos trabalhadores que busquem contato com os senadores, seja pelas redes sociais ou diretamente pelo site oficial do Senado (www.senado.leg.br) e clicar na aba “senadores”, onde aparecem dados de todos os senadores, como telefone, e-mail e número do gabinete.
      Lamentamos que tal atitude parta de um parlamentar de um partido que tem origem na defesa da classe trabalhadora e que em seus programas partidários de rádio e televisão exaltam a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Agora a proposta do senador Douglas Cintra (PTB-PE) quer acabar com uma norma que protege os trabalhadores que utilizam máquinas e equipamentos e, por extensão, extingue itens da NR 36 – como por exemplo as pausas durante as jornadas de trabalho, uma conquista da classe trabalhadora, em especial do setor da alimentação.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

STIA e sindicato patronal têm reunião conciliatória no Ministério do Trabalho neste dia 11


Objetivo é tentar acordo entre as partes para dissídio do setor de padarias, engenhos, laticínios, pequenos frigoríficos etc...

      Após vários encontros entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e o sindicato patronal para tratar sobre o dissídio coletivo para os trabalhadores de padarias, engenhos, indústrias de laticínios, pequenos frigoríficos e demais setores da alimentação, não houve avanço nas negociações. O fato se arrasta há quase três meses, já que a data-base da categoria é 1º de junho. O Ministério do Trabalho, irá mediar uma reunião entre as duas representações visando chegar a um acordo. O encontro está marcado para esta sexta-feira, dia 11, a partir das 14h30min, na sede da Subdelegacia Regional do Trabalho em Bagé.
      A situação envolvendo o dissídio permanece indefinida. O STIA deve ajuizar ação junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região caso não seja possível chegar ao consenso com a classe patronal. A reunião conciliatória é um dos itens exigidos pelo TRT nas situações que envolvem dissídios. "Tentamos de todas as formas chegar a um acordo e continuamos abertos à negociação, mas não podemos e não vamos abrir mão de direitos e conquistas históricas dos trabalhadores", ressalta o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. 
      O líder sindical reforça que as mesmas categorias, em outras regiões do estado, já chegaram a acordos coletivos, inclusive com índices melhores e novas conquistas - como o pagamento do trigésimo primeiro dia trabalhado nos meses de 31 dias, quinquênio, licença para levar filhos menores ao médico, entre ouras. Mas, em Bagé, os empresários demonstram intransigência na hora de discutir as cláusulas, principalmente quanto à reposição salarial. "Não é por salário de trabalhadores que as empresas fecham as portas. Existem itens que as empresas querem retirar que consideramos um retrocesso", reitera Cabral. Entre os pontos polêmicos estão a disposição da classe patronal em criar o banco de horas e a desvinculação do piso normativo da categoria ao Piso Mínimo Regional de salários.