terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Primeira reunião de negociação entre sindicatos e Marfrig acontece neste dia 24 em Porto Alegre



       Representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel participam neste dia 24 em Porto Alegre da primeira reunião de negociação com o Marfrig Group visando ao Acordo Coletivo de Trabalho. A data-base da categoria é 1º de fevereiro.
      O encontro está marcado para as 14h, na Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins. Participam da reunião pelo sindicato de Bagé o presidente, Luiz Carlos Cabral, o vice-presidente Cláudio Gomes Gonçalves, além dos diretores Eduardo Abs da Cruz Netto Costa e Alceu Beroni de Oliveira.
      “Há mais de 30 dias a empresa recebeu a pauta de reivindicações estabelecida nas assembleias com os trabalhadores. Esperamos que neste primeiro momento a empresa já apresente uma proposta que possa ser analisada pelos trabalhadores, ao contrário dos anos anteriores onde as negociações demoraram para avançar”, ressalta Cabral.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Diagnóstico sobre condições de trabalho nos engenhos de arroz tem início em Bagé




      Uma reunião de preparação na manhã deste dia 15 deu início ao trabalho de pesquisa do Diagnóstico sobre Condições de Trabalho nos Engenhos de Arroz (DIGA) em Bagé. A ação é uma realização da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), em parceria com sindicatos de trabalhadores nas indústrias de Alimentação realizados em seis municípios - Bagé é o quinto a participar. O trabalho será encerrado em Dom Pedrito, no mês de março. 
Desenvolvimento 
      A pesquisa será realizada em Bagé pelo consultor Francesco Settineri e pela pesquisadora Paola Sarria, com participação dos bageenses Élisson Soares e Danilo Eduardo Lima. O levantamento será feito em cinco engenhos de Bagé, onde os trabalhadores serão ouvidos nos ambientes laborais. No estado, são cerca de 900 questionários aplicados - em Bagé serão cerca de 100. Settineri explica que embora a previsão seja de cinco dias para obter os dados junto aos trabalhadores, a média nos outros municípios foi de dois dias de coleta. 
      "Embora a identificação seja anônima, os questionários tem como objetivo diagnosticar a situação do trabalhador, como idade, sexo, escolaridade e setor de trabalho, bem como se eles percebem algum fator de risco no ambiente onde atuam e fatores que, até por não saber, podem representar algum prejuízo à saúde", explica Settineri. Outras questões envolvendo a qualidade de vida do trabalhador, a relação na comunidade onde vive e com o sindicato também integram a pesquisa. 
      A pesquisa é coordenada pelo professor Paulo Albuquerque, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com a consultoria de Settineri e a ação dos pesquisadores de campo. O setor de engenhos de arroz apresenta número expressivo de acidentes com mortes em relação aos outros segmentos da alimentação - em Bagé, pelo menos duas pessoas perderam a vida por acidentes em engenhos em 2015. Além disso, problemas como lesões por esforço repetitivo e surdez são comuns em trabalhadores de engenhos. 
Etapas do trabalho
    Settineri revela que a expectativa é concluir a pesquisa em maio. Depois, a CNTA-Sul e os sindicatos parceiros irão receber o diagnóstico, que será apresentado à comunidade em audiências públicas em datas ainda a serem definidas. Após a aplicação dos questionários haverá o cruzamento dos dados, com a separação das informações mais importantes, a observação dos trabalhadores e a apresentação do relatório final. 
      O consultor destaca que os questionários foram elaborados levando em conta pesquisas anteriores - como os projetos Atenção às Lesões por Esforço Repetitivo dos Trabalhadores da Alimentação (ALERTA) e Tecendo Estratégias Integradas de Ações em Saúde (TEIAS). " Se não fosse a atuação dos sindicatos nestes trabalhos anteriores, não teríamos dados tão expressivos", considera Settineri. 
Ferramenta
      Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé, Luiz Carlos Cabral, o diagnóstico que será obtido irá permitir conhecer as causas dos problemas que afetam a saúde dos trabalhadores e proporcionar a efetivação de políticas públicas e de providências pelas empresas para diminuir o número de pessoas doentes ou afastadas dos ambientes de trabalho. "A pesquisa será uma ferramenta importante para buscarmos alterações que proporcionem melhores condições de segurança e saúde para os trabalhadores", frisa Cabral. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Negociações entre STIA e Marfrig relativas ao dissídio da categoria devem iniciar ainda em fevereiro



      As negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e o Marfrig Group para os dissídios referentes ao Pampeano Alimentos (Hulha Negra) e Marfrig/Bagé devem iniciar em breve. A data base da categoria é 1º de fevereiro.
      De acordo com o presidente em exercício do STIA/Bagé, Cláudio Gomes Gonçalves, a previsão é de que o primeiro encontro entre as partes ocorra a partir da segunda quinzena deste mês, com local e data a serem  confirmados. As negociações envolvem os sindicatos de Bagé, Alegrete e São Gabriel.
      A pauta de reivindicações foi retirada em assembleias realizadas em Bagé e Hulha Negra no final de 2015. Os trabalhadores aprovaram por unanimidade diversos itens, entre eles estão um reajuste salarial de 16% e um piso salarial de R$ 1.300,00.

Pesquisa sobre saúde do trabalhador de engenhos busca levantar diagnóstico sobre situação do setor em Bagé e região


      A partir do dia 15 de fevereiro, trabalhadores de engenhos de arroz da região de Bagé vão ter a oportunidade de participar de uma pesquisa para saber das condições de trabalho no local onde atuam. O trabalho é uma realização da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – Sul (CNTA-Sul) com sindicatos de trabalhadores nas indústrias de Alimentação - Bagé entre eles. Trata-se do Diagnóstico sobre Condições de Trabalho nos Engenhos de Arroz (DIGA).
      Em encontros anteriores, representantes de diferentes sindicatos debateram as alterações e adequações sobre o questionário que será aplicado. O setor de arroz foi escolhido por apresentar o maior número de acidentes com mortes em relação aos outros segmentos da alimentação. Além disso, problemas como lesões por esforço repetitivo e surdez são comuns em trabalhadores de engenhos. O DIGA visa levantar um diagnóstico sobre as causas dos problemas e as ações preventivas que devem ser adotadas para diminuir o número de trabalhadores doentes ou afastados.
      "Nos ambientes laborais, o trabalhador é submetido a carregar peso de maneira excessiva, da mesma forma que o ambiente no local de trabalho é precário para a respiração", destaca o professor e sociólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Albuquerque, responsável pela coordenação do trabalho.
      Albuquerque já realizou duas pesquisas para levantamento da situação de saúde de trabalhadores no setor frigorífico – os projetos Atenção às Lesões por Esforço Repetitivo dos Trabalhadores da Alimentação (ALERTA) e Tecendo Estratégias Integradas de Ações em Saúde (TEIAS). A pesquisa já foi aplicada nas regiões dos sindicatos de alimentação de Pelotas, Camaquã, Alegrete e São Gabriel. Depois de Bagé, a última etapa da pesquisa será em Dom Pedrito entre os dias 29 de fevereiro e 4 de março.
      Para o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé (STIA), Cláudio Gomes Gonçalves, a pesquisa trará informações importantes para a formação de políticas públicas que tragam segurança e melhorias para a saúde dos trabalhadores em engenhos. Fator semelhante ocorreu com o projeto TEIAS, que embasou a formação da Norma Regulamentadora 36 - que trata sobre o trabalho em frigoríficos. "Depois da aplicação da pesquisa iremos realizar uma audiência pública para apresentar os dados à comunidade regional", explica Gonçalves.  Antes disso, entretanto, irão ocorrer dois seminários para apresentação dos dados aos sindicatos participantes: um em Pelotas, outro em São Gabriel, sem data marcada.        
      A audiência pública em Bagé também não tem data definida. A intenção é entrevistar cerca de 1.000 trabalhadores de engenhos entre os cinco municípios. A ideia é realizar as entrevistas diretamente na casa do trabalhador. O funcionário do STIA/Bagé Élisson Correa Soares e o diretor Danilo Eduardo Gonçalves Lima irão auxiliar na aplicação dos questionários. Ambos passaram por formação em Porto Alegre para realizar o trabalho.