quinta-feira, 8 de março de 2018

Segunda rodada de negociações entre Sindicatos e Marfrig não apresenta acordo



       A segunda rodada de negociação entre sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Bage, Pelotas e São Gabriel e representantes do Marfrig Group, realizada em São Gabriel, não apresentou grandes avanços. A data-base dos trabalhadores do Marfrig é 1º de fevereiro.
       Desta vez os representantes do frigorífico apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 2% - que seria a reposição da inflação (1,87% entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018) e 0,13% de aumento real - o que os sindicatos consideram insuficiente. 

      A diferença em relação ao primeiro encontro, ocorrido na Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), em Porto Alegre, é que a empresa desistiu de colocar na negociação medidas que prejudicariam direitos dos trabalhadores - como reduzir valores pagos para horas-extras, minutos de preparo (o tempo para o trabalhador colocar o uniforme e marcar o ponto), adicional noturno, entre outros. As lideranças sindicais já haviam deixado claro que não aceitariam sequer discutir cláusulas do acordo que alterassem quaisquer direitos dos trabalhadores.
       A retirada de direitos, na avaliação do presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, é reflexo de uma condução desastrosa para os trabalhadores em nível federal. "Vemos o governo Temer mexer na legislação trabalhista não para agregar algo de positivo, só para reforçar o caixa do próprio governo e fazer com que os sindicatos enfraqueçam. O trabalhador precisa saber disso porque é o Sindicato a ferramenta de defesa dos direitos na mesa de negociação", afirma Cabral.
       Ainda não há data para um novo encontro entre as partes. Não está descartado que a próxima reunião seja realizada em Bagé.

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